Propedêutica Geniturinária feminina

VAMOS ENTENDER A ANAMNESE DESSE SISTEMA?

E aí, vc se lembra da propedêutica geniturinária feminina? Como se realiza? Quais suas etapas?

Durante a anamnese é importante questionar os antecedentes menstruais, antecedentes sexuais e antecedentes obstétricos. Ainda, deve-se analisar os sinais e sintomas mais comuns, como: corrimento, sintomas mamários, sintomas urinários, sintomas intestinais e infecções sexualmente transmissíveis.

Termos utilizados para antecedentes menstruais na propedêutica geniturinária feminina, por exemplo:

  • Menarca: primeira menstruação;
  • Menopausa: fim da menstruação;
  • Menacme: Período da vida de uma mulher em que há ovulação e atividade menstrual.
  • Amenorreia: ausência de menstruação
  • Hipermenorreia: menstruar acima do normal
  • Hipomenorreia: menstruação abaixo do normal
  • Menorragia: sangue excessivo na menstruação
  • Oligomenorreia: intervalo maior que 35 dias
  • Polimenorreia: intervalo menor que 21 dias
  • Espaniomenorréia: menstruação com intervalo acima de 50 dias
  • Dismenorreia: dor ao menstruar

Mantendo esse padrão, deve-se questionar sobre a menarca, data da última menstruação, intervalo, duração e quantidade, sintomas pré-menstruais e menstruais, sintomas climatéricos e terapia hormonal.

Não esquecer de caracterizar idade da menarca, DUM (primeiro dia do último ciclo), de quanto em quanto tempo menstrua (intervalo), duração, presença e tamanho de coágulos, sintomas pré-menstruais (cefaleia, ganho de peso, edema, dor à palpação das mamas, irritabilidade ou alterações do humor, frequência, interferência com atividades diárias, medidas de alívio).

Propedêutica geniturinária feminina: Antecedentes

Sexuais: 

É de conhecimento comum que esse assunto ainda é um tabu socialmente. Porém, com todo respeito, é necessário que haja esse questionamento, a fim de compreender a saúde da mulher e assim ser cuidada da melhor forma possível. Portanto, deve-se perguntar a respeito da sexarca (data da primeira relação sexual), frequência, número de parceiros, libido, orgasmo, dor (dispareunia de superfície e profundidade), sangramento (sinusorragia), práticas sexuais, método contraceptivo.

Obstétricos: 

Aqui, trata-se de gestantes. Iniciar perguntando sobre gestação (quantas, complicações, pré-natal, medicações, internações e tempo), parto (tempo, tipo, complicações, local), sobre o recém-nascido (peso e condições de nascimento, internação, tempo para alta, aleitamento), abortamento (número, espontâneo ou não, complicações, curetagem, aspiração manual intrauterina-AMIU).

Desta forma, em casos de pacientes que já tiveram filhos, é importante perguntar quantas vezes ela engravidou. Em seguida, construir o GPA (gestação, parto e aborto), para tanto discutir com os alunos a diferença entre aborto e Óbito fetal. Portanto, cada gestão precisa ser investigada de forma separada.

Ainda, deve-se questionar acerca do uso de contraceptivos, incluindo a camisinha, pois esse método, além de evitar filhos, protege a mulher contra DSTs. Analisar as questões como exames Papanicolau, mamografias e parceiros fixos. 

VOCÊ SABE COMO É REALIZADO O EXAME DE MAMA DURANTE A PROPEDÊUTICA GÊNITURINÁRIA FEMININA?

Anote aí!!!

Ao iniciar, avaliar se há caroço ou caroços, dor ou desconforto e secreção mamilar. Realizar exames estáticos para avaliar excesso de mamas e indentação ou retração, assim como características da pele e mamilos e tamanho das mamas, e exames dinâmicos para observar a mobilidade e alterações mamárias.

A palpação deve ser realizada em 5 etapas, notando, por exemplo:

-> Em primeiro lugar, o volume;

-> fEm segundo lugar, a forma;

-> Em terceiro lugar, se há mobilidade;

-> Na sequência, a sensibilidade;

-> Ainda, ha presença ou não de nódulo (localização e consistência).

Além disso, é necessário realizar a palpação dos linfonodos axilares e supraclaviculares, fazer uma expressão para avaliar se há alguma saída. Não esqueça que a mama é dividida em quatro quadrantes: superior e inferior, esquerdo e direito.

COMO É FEITO O EXAME GINECOLÓGICO? 

Inicia-se sempre no preparo da paciente. De forma clara, explique as razões e as necessidades desse exame, isso faz com que a paciente se sinta mais confiante com você na sala. Esteja sempre disposto a transmitir segurança e tranquilidade para a paciente.

O conforto e a privacidade devem ser priorizados. Evite deixar as partes íntimas da paciente expostas por muito tempo sem que haja necessidade, isso evita maiores constrangimentos.

Feito isso, inicia-se o exame. A inspeção estática deve ser feita no sentido crânio-caudal, avaliando sempre o monte de vênus, grandes e pequenos lábios vulvares, pilificação, vestíbulo vaginal, intróito vaginal e fúrcula vaginal, períneo.

Não esquecer de avaliar a presença de lesões, possíveis ISTs, abaulamentos, retrações e cicatrizes. Seguindo, deve-se realizar também a inspeção dinâmica, com a avaliação da rima vulvar, procedência de paredes vaginais, exteriorização do útero pela rima vulvar, perda urinária. Para finalizar, realiza o exame especular e o toque vaginal.

No prontuário, deve-se preencher com as seguintes informações: 

Em primeiro lugar, posição ginecológica com monte pubiano evidenciando pelos distribuídos de acordo com a idade;

Em segundo lugar, grandes lábios simétricos e preservados;

Na sequência, avaliar pequenos lábios com discreta simetria e preservados;

Além disso, avaliar o clítóris de tamanho habitual;

Ainda, realizar avaliação do prepúcio e se está preservado;

Na sequência, observar o meato uretral entreaberto;

Ainda, o óstio vaginal deve estar preservado;

Além disso, o hímen íntegro ou rompido;

Ainda, presença de lesão ou períneo íntegro;

Região perianal sem achados;

Face interna da coxa íntegra;

Glândulas de Bartholin não são palpáveis. 

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