Introdução:

A calota craniana é representada pelos ossos que compõem a porção superior do crânio. Diferente do que se pensa inicialmente, o crânio não é formado por um osso único, mas sim pela junção de diversos ossos. Tal fato se dá pois a calota craniana, assim como todo o crânio, precisa se deformar para passar pelo canal do parto ao final da gestação.

As nascer, os ossos do crânio seguem crescendo até se encontrarem e se fundirem, formando articulações fibrosas denominadas suturas do crânio. Depois dessa etapa, o crânio como um todo segue com sua função essencial, que é a de proteção do encéfalo.

Calota craniana:

Chamamos de calota craniana a porção superior do crânio, os seja, os ossos que fecham o crânio superiormente. Essa calota é formada pela junção dos três maiores ossos do crânio, e que são ou últimos a se fechar, formando três das mais importantes suturas do crânio.

Ossos da calota craniana:

  • Osso Frontal
  • Ossos Parietais
  • Osso Occipital

Suturas da calota craniana:

  • Sutura coronal
  • Sutura sagital
  • Sutura occipital

Moleiras:

Ao nascer, nem todos os ossos se encontraram ainda formando as suturas. Desta forma, como os ossos da calota craniana são os maiores, após o parto a criança ainda apresenta durante os primeiros meses duas aberturas da calota craniana, que são popularmente chamadas de moleiras. A partir do terceiro mês de vida esses ossos tendem a se encontrar e consequentemente há o fechamento completo das moleiras, denominadas de Lamda e Bregma, como pode ser notado na imagem abaixo.

Bregma:

Corresponde a abertura e posterior junção que acontece entre os ossos parietais e o osso frontal anteriormente na calota craniana.

Lambda:

Corresponde a abertura e posterior junção (sutura) que ocorre entre os ossos parietais e o osso occipital superiormente e posteriormente na calota craniana.

Relevância clínica:

ë de extrema importância o conhecimento do posicionamento do lambda e do bregma, principalmente parta os estudantes de medicina. Tal fato se dá pois essas estruturas são referência para o médico obstetra durante o trabalho de parto normal, para através do toque na cabeça da criança conseguir ter uma boa noção de posicionamento em relação a fade e a nuca da mesma e conseguir realizar o movimento correto de saída do feto. Devemos lembrar que o feto é extremamente maleável (molinho), logo, uma palpação e pegada de forma errada no momento de trabalho de parto pode ser prejudicial a saúde da criança, podendo deixar sequelas, como nos casos de parto a fórceps.