Potencial de membrana e introdução a despolarização
A célula em repouso possui diferença de concentração iônica entre os íons Sódio (Na+) e Potássio (K+) quando comparados os lados interno (meio intra-celular) e externo (meio extra celular) da membrana plasmática.
Quanto à concentração de K+, o meio intracelular é mais concentrado do que o extracelular. Como a membrana plasmática é sempre permeável ao K+ ocorre a constante saída de K+ pelo processo de difusão simples.
Já o íon Na+, sua concentração extracelular é maior do que a concentração intracelular, porém a membrana plasmática em condições de repouso é impermeável ao Na+.
Com a constante saída de K+ e a não entrada do Na+, como os dois íons são cátions (possuem carga elétrica positiva), ocorre uma diferença de polaridade entre a parte interna da membrana em relação a parte externa. Esse desequilíbrio é denominado potencial de membrana, e corresponde a um valor aproximado de -76mV. Neste momento, pode-se dizer que a célula se encontra polarizada.
Uma vez estimulada, desde que e estímulo ultrapasse o limiar de despolarização, o mesmo promove aberturas de canais de Na+ na membrana plasmática. Por diferença de concentração e diferença de polaridade, os íons Na+ entram na célula de forma muito rápida invertendo a polaridade da membrana, fenômeno esse denominado despolarização (geração da carga elétrica).
Gerada a carga elétrica, a mesma se propaga pelo axônio até a terminação axonal e consequentemente, aos botões axonais e membranas pré-sinápticas. A esse fenômeno de propagação da carga elétrica pelo axônio dá-se o nome de potencial de ação, e a velocidade de sua propagação é dependente da classificação do neurônio, principalmente quanto à mielina.