Período refratário e lei do tudo ou nada
O período refratário nada mais é do que o período em que a célula se encontra em momento de repolarização, podendo estar mais próxima ou distante da homeostase, o que altera seu limiar de despolarização.
Período Refratário Absoluto: momento da repolarização em que a célula ainda se encontra em equilíbrio ou muito próximo disso. Neste período, independente do estímulo, a célula não possui capacidade de despolarizar.
Período Refratário Relativo: Corresponde ao momento da repolarização em que a célula possui capacidade de despolarizar, porém o limiar de despolarização se encontra mais alto, necessitando dessa forma de um estímulo de maior intensidade, para induzir a abertura dos canais de Na+. (Relativo = depende)
Lei do Tudo ou Nada: uma vez que o estímulo atinge o limiar da célula, a princípio todos os canais de Na+ se abrem. Se não atingir, mesmo que por pouco, nenhum se abre.
Limiar da despolarização: é o limite mínimo que o estimulo tem que atingir para promover a abertura dos canais de Na+.
Como toda célula estimulada sempre produz uma carga elétrica de mesma intensidade devido à “lei do tudo ou nada”, a percepção de intensidade de um determinado estimulo é dependente da somatória das cargas elétricas das células estimuladas e despolarizadas em uma mesma via.
Exemplo: A percepção de diferença de volume na emissão de um mesmo estímulo sonoro depende da quantidade de neurônios despolarizados na via sensorial auditiva (nervo vestíbulo-coclear – VIII par craniano) e, consequentemente, de suas somatórias de cargas elétricas produzidas.