A tireoidite de Hashimoto (TH) é uma doença autoimune  é uma doença auto-imune, caracterizada histopatologicamente por infiltrado linfo-plasmocitário do parênquima tireoidiano, fibrose, atrofia parenquimatosa e alterações eosinofílicas de algumas células acinares.

A TH é a consequência da incapacidade dos linfócitos T supressores em destruir clones de linfócitos sensibilizados por antígenos tireoidianos, resultante da citotoxicidade mediada por células “natural killer” (NK) e interação de linfócitos T helper com linfócitos B, produzindo anticorpos contra componentes tireoidianos, sendo eles TSH, tireoglobulina, tireoperoxidase. Essa doença autoimune pode ser desencadeada por alta ingestão de iodo. 

A tireoide é uma glândula endócrina capaz de armazenar hormônios imaturos, conhecidos como colóides, dentro de cavidades esféricas compostas por células secretoras.

Essas células por sua vez recebem o nome de folículos, sendo células epiteliais foliculares secretoras que recebem o nome de de tireócitos. Os tireócitos são capazes de apresentar antígeno em sua superfície através da expressão de moléculas MHC classe II e classe I. 

A tireoidite de Hashimoto é a causa mais frequente de bócio e hipotireoidismo adquirido.

Seus sintomas se iniciam com o aumento firme e indolor da tireoide, podendo apresentar também a sensação de inchaço na região anterior do pescoço. Com o ataque às células e hormônios tireoidianos resulta na hipoatividade da glândula, causando cansaço, intolerância a frio, expressões faciais aborrecidas, voz rouca e fala lenta, queda das pálpebras, inchaço nos olhos, queda de cabelo, pele áspera, seca e grossa, além de, na maioria das vezes, pode aparecer ganho de peso e constipação, cãibras musculares.

O diagnóstico é dado através de hemograma, medindo os níveis dos hormônios tireoidianos T4 e T3 e o estimulante da tireóide (TSH), a fim de detectar possíveis falhas hormonais no indivíduo. Além disso, é fundamental a análise das condições físicas do paciente em paralelo com os resultados do hemograma e os níveis de anticorpos antitireoidianos para fim de diagnóstico.

Em algumas situações é necessário realizar reposição dos hormônios tireoidianos e em sua maioria evitar o excesso de iodo na dieta. Não há um tratamento específico para o Hashimoto, portanto trata-se dos sintomas desenvolvidos do hipotiroidismo.