Vamos entender o que é sepse, também conhecida como infecção generalizada?
Anote aí:
Podemos considerar a mesma como uma síndrome clínica que se caracteriza por modificações fisiológicas, bioquímicas e biológicas no hospedeiro.
Dessa forma, há disfunção de órgãos e de sistemas orgânicos, seguido da resposta inflamatória desregulada pela intensa infecção.
Assim, concluímos de forma resumida, que é uma a resposta inflamatória sistêmica e descontrolada, responsável por lesionar as células e causar a disfunção orgânica.
Fatores de risco para um pior prognóstico da sepse:
O quadro infeccioso e inflamatório da sepse pode apresentar alguns fatores de risco que podem levar a um pior prognóstico do paciente, ou seja, a uma pior expectativa em relação a evolução clínica e suas manifestações sistêmicas.
Desta forma, podemos citar alguns fatores de risco para um pior prognostico, como, por exemplo:
-> Em primeiro lugar, temos as doenças imunossupressoras;
-> Na sequência, a diabetes;
-> Posteriormente, os vários tipos de câncer;
-> Além disso, podemos associar a utilização de alguns tipos de medicamentos, classificados como medicamentos imunossupressores;
-> Podemos elencar também os quadros relacionados ao abuso da ingestão de álcool;
-> Além, é claro, de fatores relacionados ao avanço da idade;
-> E para concluir, condições que afetam a integridade cutânea.
Etiologia da sepse:
A causa mais comum desta síndrome é a pneumonia, sendo 48% de incidência de pacientes com pneumonia que evoluem para essa condição clínica.
Desta forma, ela pode estar associada a cuidados de saúde, a transmissão pela comunidade ou a sua forma nosocomial ( transmitida através de instrumentos médicos, sondas, entre outros).
Para concluir, é importante nos lembrarmos que seus agentes etiológicos mais comuns são:
-> Staphylococcus aureus (bactéria Gram-positiva);
-> Pseudomonas;
-> e Escherichia coli (bactéria Gram-negativa).
E como é a fisiopatologia da sepse?
Também tem essa dúvida?
Tudo se inicia com uma infecção prévia, que pode estar relacionada a qualquer um dos tecidos e até mesmo, a formas muito simples de infecções e consequentemente, de tratamento. Posteriormente, com a entrada do patógeno em um local estéril do hospedeiro, os macrófagos entram em ação. , há ativação do macrófago que ocorre ao ligar- se com os componentes microbianos.
Em condições inflamatórias normais há os seguintes passos:
-> Macrófagos ligados ao antígeno
-> Liberação de citocinas pró-inflamatórias
-> Recrutamento de células inflamatórias adicionais
-> Fagocitose e morte do patógeno
-> Fagocitose de detritos do tecido lesionado.
Assim, ocorre o equilíbrio de mediadores pró-inflamatórios e anti-inflamatórios, seguido da reparação e cicatrização dos tecidos danificados. Porém, a sepse é desencadeada pela resposta inflamatória desregulada.
Da mesma forma, os mediadores pró-inflamatórios são liberados em quantidades que excedem a carga suportada pelo organismo. Esse processo recebe o nome de resposta generalizada.
-> Toxinas bacterianas;
-> Liberação de muitos mediadores pró-inflamatórios, como por exemplo TNF-a e IL-1;
-> Componentes da parede celular da bactéria, podendo ser endotoxinas, ácido lipoteóico ou peptideoglicano.
-> Ativação do sistema complemento;
-> Suscetibilidade genética individual para sepse.
E quanto as manifestações clínicas das infecções mais comuns da sepse, você conhece?
Em primeiro lugar, a pneumonia, que evolui com dispneia, expectoração purulenta ou não purulenta e tosse;
Após isso, em segundo lugar, temos a infecção de sítio cirúrgico, evoluindo com secreção purulenta no local, hiperemia de ferida operatória;
Posteriormente, em terceiro lugar, infecção de trato gastrointestinal, que vai, desta forma, evoluir com diarreia, presença de sangue e/ou pus nas fezes e dor abdominal forte;
Na sequência, a infecção de trato urinário, que pode gerar urgência miccional, dor supra-púbica, dor em flancos e disúria;
Ainda podemos encontrar a infecção de cateteres e dispositivos invasivos, onde há saída de secreção purulenta ostial e tunelite;
Além da infecção de articulações, causando bloqueio articular, dor local e hiperemia, e, para fechar;
A infecção de pele e partes moles, que levam a hiperemia e dor local e também saída de secreção purulenta.
Agora que conhece os sintomas das infecções mais comuns vamos entender as manifestações da síndrome:
Efeitos do processo inflamatório na circulação:
Na circulação a sepse pode gerar como manifestações mais significativas a hipotensão, consequente liberação de mediadores vasoativos das células endoteliais, redução da liberação compensatória de vasopressina que tem, como resultado, a contribuição para vasodilatação e redistribuição de fluidos intravasculares.
Lesões pulmonares endoteliais e da vasculatura
Síndrome do desconforto respiratório agudo, alteração do fluxo sanguíneo capilar, aumento da permeabilidade microvascular, edema intersticial e alveolar.
Consequências da sepse no trato gastrointestinal:
No trato gastrointestinal, a sepse proporciona a translocação de bactérias e endotoxinas para circulação sistêmica a ampliar a resposta séptica.
Repercussões da sepse no sistema nervoso central: disfunção na barreira hematoencefálica
De forma resumida, uma das alterações mais complicadas clinicamente da sepse é sua repercussão quando há acometimento do sistema nervoso central, ou seja, quando o patógeno consegue , desta forma, ultrapassar a barreira hematoencefálica e, consequentemente, atingir o encéfalo ou a medula espinhal.
Como consequência, alteração sensoriais e outras disfunções de consequência neurológica podem ser apresentadas clinicamente, como também o aumento da infiltração de leucócitos, transporte ativo de citocinas e exposição de mediadores tóxicos.
Sugestões de estudo:
Link: https://proffelipebarros.com.br/sistema-circulatorio-prof-felipe-barros/