Introdução a coagulação sanguínea
A coagulação sanguínea pode ser afetada por dois tipos principais de substâncias, que são, por exemplo:
-> Substâncias pró-coagulantes
-> Substâncias anticoagulantes
Fatores anticoagulantes
Quanto aos fatores anticoagulantes, em condições normais, são predominantes na corrente sanguínea, impedindo a formação de coágulos. Em contrapartida, quando ocorre a ruptura de um vaso, como, por exemplo, em lesões teciduais, os fatores pró-coagulantes da área lesada se tornam ativos.
Fatores pró-coagulantes
Uma vez ativados, como nos processos de lesão tecidual, se sobrepujam aos fatores anticoagulantes, gerando, como resultado, a formação de coágulo.
Etapas da coagulação
A primeira etapa da coagulação corresponde a fase de ruptura do vaso ou a lesão tecidual, que gera, como consequência, cascata de reações químicas sanguíneas envolvendo os fatores de coagulação e formação do complexo denominado “ativador da protrombina”.
Na segunda etapa, o complexo ativador da protrombina catalisa a conversão da protrombina em trombina, liberando o íon cálcio (Ca**)
Na terceira etapa, a trombina atua como enzima para converter a fibrina em fibras de fibrina, que envolvem as plaquetas, as células sanguíneas e o plasma para formar o coágulo.
Papel das plaquetas
As plaquetas desempenham um papel importante na conversão da protrombina em trombina, pois grande parte da trombina se liga, inicialmente, aos receptores de protrombina nas plaquetas que, por sua vez, já aderiram ao tecido lesionado.
Em sequência, acelera a conversão da protrombina em trombina exatamente no tecido onde o coágulo se faz necessário.
A protrombina é uma proteína plasmática, mais especificamente uma alfa2-globulina, instável e facilmente clivada em compostos menores, como a trombina, que tem aproximadamente a metade de seu peso molecular.
É formada de forma contínua pelo fígado e utilizada, na sequência, em todo o organismo para a coagulação, consequentemente.
Para que haja formação normal da protrombina, é necessária a presença de vitamina “K*”. Em contrapartida, sua ausência ou a presença de hepatopatias podem alterar a coagulação normal e, consequentemente, favorecer o aparecimento de hemorragias.
E quanto ao fibrinogênio?
Trata-se de uma proteína de alto peso molecular, também produzida no fígado. Em virtude de seu grande peso molecular, o fibrinogênio raramente extravasa para os líquidos intersticiais, ou seja, este fato é o que justifica a não coagulação destes tecidos em condições normais.
Produção do fibrinogênio
Ação da trombina sobre o fibrinogênio na coagulação sanguínea
A trombina é uma proteína de fraca capacidade proteolítica. Desta forma, atua sobre o fibrinogênio removendo quatro peptídeos de baixo peso molecular e, consequentemente, dando origem a molécula de “monômero de fibrina”.
Em contrapartida, a presença de muitos monômeros de fibrina faz com que ocorra a sua polimerização em fibras de fibrina que, por sua vez, passam a constituir o retículo do coágulo.
Coágulo sanguíneo e seu papel na coagulação sanguínea
Em resumo e para concluir nosso tema, o coágulo sanguíneo é composto por redes de fibra de fibrina dispostas em todas as direções, das quais são retirados os glóbulos sanguíneos, plaquetas e plasma.