Introdução

Os ossos ilíacos são também conhecidos popularmente como ossos do quadril ou ossos da bacia. São em número de dois (ilíaco direito e ilíaco esquerdo) e juntos formam o que chamamos de cintura pélvica. Se articulam posteriormente com o sacro de cada um dos lados, e, anteriormente, articulam-se entre si através de uma articulação cartilaginosa denominada sínfise púbica. Os ilíacos são ainda divididos em três segmentos, denominados: Ílio (porção superior), Ísquio (porção inferior e posterior) e Púbis (porção anterior).

A cintura pélvica tem como função estrutural ou estática, fazer a união ou junção do esqueleto axial ao esqueleto apendicular inferior, sendo o ponto de interseção entre essas duas divisões do sistema esquelético. Funcionalmente, a cintura pélvica é responsável pela dissipação de forças ascendentes e decendentes do corpo humano, sendo considerado o grande centro de forças, e tendo relação com uma musculatura estabilizadora muito importante considerada musculatura do CORE (Centro de Força).

Abaixo, na vídeo aula, são discutidos os pontos de palpação dos ossos ilíacos assim como as suas divisões e funções dos acidentes ósseos.

Anatomia palpatória dos ossos ilíacos

  • Crista ilíaca (palpação direta)

Técnica: Com o paciente em pé e o terapeuta posicionado atrás do mesmo, deverá localizar as últimas costelas (circunferência da cintura), com suas mãos com as palmas voltadas para baixo, polegares dirigidos dorsalmente e indicadores dirigidos ventralmente dispostos horizontalmente (paralelos ao plano do chão). O terapeuta deverá deslizar suas mãos inferiormente até encontrar uma superfície rígida de cada lado (ápice das cristas ilíacas) que corresponderá as cristas ilíacas.

  • EIPS (palpação direta)

Técnica: Com o paciente em pé e o terapeuta em pé ou sentado atrás do mesmo, deverá iniciara palpação pelos ápices das cristas ilíacas com as duas mãos, terapeuta deslocará suas mãos dorsalmente, fazendo com que a borda medial da polpa dos indicadores permaneçam nas cristas ilíacas. Os polegares serão deslocados em sentido caudal e ligeiramente medial, onde cairão sobre duas proeminências ósseas (EIPS).

  • EIPI (palpação indireta)

Técnica: Paciente e terapeuta nas mesmas posições para palpação da EIPS. Como a EIPI não é palpável o terapeuta deverá inicialmente localizar a EIPS, e com a mão contralateral medir dois dedos posicionados transversalmente abaixo da EIPS, e então cairá sobre a EIPI.

  • Tuberosidade isquiática (palpação direta)

Técnica: Com o paciente em DV, o terapeuta deverá localizar as linhas glúteas, e a partir desse ponto de referência, deslocar seus polegares em sentido cefálico e ligeiramente medial até encontrar o contato ósseo que corresponderá a tuberosidade isquiática.

  • EIAS (palpação direta)

Técnica: Com o paciente em pé e terapeuta ao lado do mesmo,a palpação deverá ser iniciada pela crista ilíaca em sua porção mais superior. Os dedos do terapeuta serão deslocados ventralmente e irão acompanhar a crista ilíaca até encontrarem uma proeminência que corresponderá a EIAS.

  • Púbis (palpação direta)

Técnica: com o paciente em DD, o terapeuta com as polpas dos seus 2° e 3° dedos, deverá palpar inicialmente, o reto anterior do abdome, e desliza-los inferiormente em direção ao púbis, até encontrar uma superfície rígida de formato achatado e horizontal (estará sobre a borda superior da sínfise púbica). 

  • Tuberosidade isquiática (palpação direta)

Técnica: com o paciente em DV, o terapeuta com as polpas dos seus primeiros dedos (polegares), deverá palpar inicialmente, a região posterior da coxa e desliza-los superiormente em direção a linha glútea, até encontrar uma superfície rígida proeminente de formato achatado e inclinada (estará sobre a tuberosidade isquiática).