Anatomia Palpatória: Músculos do pescoço

Músculo Esternocleidomastóideo (ECOM)

Imagem ilustrativa: Músculo Esternocleidomastoideo

Obs: no crânio possui inserções no processo mastoideo do osso temporal e dois terços laterais da linha nucal superior do osso occipital. Distalmente insere-se no manúbrio do esterno e terço medial da clavícula.  

Contração unilateral: inclinação homolateral da cabeça e rotação p o lado oposto;

Contração bilateral: flexão da cabeça

Técnica: com o paciente sentado ou em DD, basta o terapeuta com uma de suas mãos resistir o movimento de rotação contralateral da cabeça em relação ao músculo em questão, associado ao movimento discreto de flexão da cabeça. As fibras do músculo ficarão tensas e poderão ser palpadas em forma de pinça, bem como, suas inserções distais (feixes esternal e clavicular).   

 Músculo Escaleno anterior

Possui inserções proximais nos processos transverso da 3ª a 6ª vertebras cervicais e sua inserção distal na face cranial da 1ª costela.

Técnica: com o paciente em DD ou sentado, para identifica-lo basta o terapeuta posicionar a polpa de seus dedos lateralmente a porção clavicular do músculo ECOM, próximo a clavícula, e com sua outra mão deverá resistir o movimento de inclinação da cabeça homolateral, para perceber sob a polpa de seus dedos a tensão do músculo escaleno anterior.

Músculos Escalenos médio e posterior

 Escaleno médio- inserções proximais: processos transversos da 2ª a 7ª vértebra cervical e inserção distal: face cranial da primeira costela, dorsal e lateralmente à inserção do escaleno anterior.

Escaleno posterior:   inserções proximais: processos transversos da 4ª a 6ª vértebra cervical e inserção distal: face cranial da segunda costela.   

Técnica: com o paciente sentado ou em DD, o terapeuta deverá posicionar a polpa de seus dedos atrás da borda posterior do músculo ECOM, no nível de C4 a C6, e deverá solicitar ao paciente que realize uma inclinação de cabeça homolateral á palpação com resistência do terapeuta para perceber em seus dedos a tensão dos músculos em questão. 

Músculo platisma

Trata-se de um músculo que recobre a região ântero lateral do pescoço e inferior da face, responsável por abaixar a comissura labial e tracionar a pele do mento para baixo e lateralmente.

Técnica: para visualiza-lo basta o terapeuta solicitar ao paciente que realize o movimento de abaixar os contos dos lábios e tracioná-los lateralmente. 

Músculo trapézio (fibras superiores)

Imagem ilustrativa: Músculo Trapézio

Origem: linha nucal superior (acidente ósseo do osso occipital), é o músculo mais superficial da região posterior do pescoço.

Técnica: paciente em DV ou sentado com a cabeça em posição neutra, com uma de suas mãos localizadas na região posterior da cabeça, o terapeuta irá resistir o movimento de extensão do pescoço para contração bilateral do músculo, onde poderá observar uma tensão muscular de ambos os lados do pescoço. 

Para contração unilateral, o terapeuta poderá resistir o movimento de elevação do ombro, caso o ponto fixo seja a coluna vertebral ou poderá resistir a inclinação homolateral do pescoço, caso o ponto fixo seja a escápula.

Em todas as situações, o terapeuta irá perceber que as fibras superiores do trapézio ficarão bem salientes.

Músculo elevador da escápula

Inserções proximais: processos transversos (tubérculos posteriores) das 4 ou 5 primeiras vértebras cervicais e inserção distal: ângulo superior da escápula. Quando o ponto fixo é a escápula inclina a cabeça para o mesmo lado. E quando o ponto fixo é a cervical, eleva o ângulo superior da escápula fazendo sua tração em sentido medial. 

Técnica (palpação inserção distal): com o paciente sentado e terapeuta atrás do paciente, o mesmo deverá identificar com a polpa de seus dedos o ângulo superior da escápula e resistir ao movimento de elevação do ombro com uma de suas mãos localizadas no “topo” do ombro. Ao solicitar o movimento em questão, o terapeuta irá perceber sob seus dedos a tensão na inserção distal do músculo elevador da escápula.

Técnica (ventre muscular): Com o paciente sentado ou em DD, o terapeuta deverá posicionar a polpa de seus dedos ventralmente ao trapézio e posteriormente ao ECOM, e  com a sua outra mão na cabeça do paciente resistira a inclinação homolateral da mesma para perceber a tensão do músculo em questão sob seus dedos.