Anatomia Palpatória: Músculos do tronco

Músculos da parede posterior do tronco

Músculos do complexo sacroespinhal

 Conhecidos como paravertebrais ou eretores da espinha, formam uma massa muscular volumosa de cada lado dos processos espinhosos, sendo mais visível na região lombar e dorsal. Os três músculos que fazem parte desse complexo são: Iliocostal (+ lateral), longuíssimo do tórax (intermediário) e espinhal do tórax (+ medial).

Técnica:  Paciente em DV, e o terapeuta irá solicitar ao paciente que realize o movimento de extensão de tronco para visualizar a massa muscular que irá ficar saliente de cada dos processos espinhosos.    

Músculo trapézio (fibras médias)   

Técnica:  com o paciente em DV e braços ao longo do corpo, o terapeuta deverá solicitar que o paciente realize o movimento de retração de ombro (adução das escápulas),e irá perceber que as fibras horizontais do trapézio ficarão evidentes e poderão ser palpadas, a partir do acrômio até a coluna vertebral.  

Obs: Como não é possível, por meio da palpação, individualizar as fibras médias do trapézio de suas fibras superiores e inferiores, o terapeuta deverá apenas delimitar a sua região e sentir a tensão dessas fibras durante sua contração.

Músculo romboide maior   

Técnica: Paciente sentado ou em DV, com o ombro homolateral em rotação interna (braço para trás) com antebraço apoiado sobre seu tronco. O terapeuta deverá iniciar a palpação localizando o ângulo inferior da escápula e posicionará a polpa dos seus 2° e 3° dedos, ligeiramente medial sobre esse acidente ósseo. Com a sua outra mão deverá resistir o movimento de adução do ombro e perceberá a tensão do músculo romboide maior, que nessa região não encontra-se recoberto pelo músculo trapézio.    

Músculo Grande dorsal

Técnica: Como o músculo grande dorsal realiza os movimentos de adução, rotação medial e extensão de ombro, para localiza-lo o terapeuta deverá solicitar os movimentos descritos de forma combinada ou isolada. Com o paciente em DL e braço em abdução máxima, o terapeuta irá resistir o movimento de adução e rotação medial do ombro. Com a sua outra mão em forma de pinça, o terapeuta deverá posiciona-la próximo a axila, de tal forma que os dedos fiquem voltados craialmente com o polegar posicionado próximo a axila, sobre a massa muscular que ficará evidente durante o movimento resistido do braço.     

Músculo quadrado lombar

Técnica: Com o paciente em DL, o terapeuta deverá posicionar uma de suas mãos na crista ilíaca para solicitar o movimento resistido de elevação da mesma (ou seja, aproximação da crista ilíaca a 12ª costela).  Com a outra mão posicionada inferiormente a 12ª costela, irá sentir a tensão do quadrado lombar durante o movimento resistido solicitado.

Músculos da parede Abdominal

Reto anterior do abdome

Técnica: Com o paciente em DD, joelhos flexionados e pés apoiados na maca, o terapeuta deverá localizar a linha alba e posicionar suas mãos de cada lado da mesma. Posteriormente irá solicitar que o paciente realize uma discreta flexão de tronco e perceberá a tensão do músculo reto do abdome.

Oblíquos interno e externo

Técnica: Com o paciente em DD, joelhos flexionados, pés apoiados na maca e braços atrás da cabeça, o terapeuta irá posicionar suas mãos no abdome do paciente da seguinte forma:  uma mão entre a região ântero lateral das últimas costelas do lado direito com os dedos direcionados para a cicatriz umbilical, a outra mão posicionará na crista ilíaca esquerda com os dedos direcionados para a cicatriz umbilical.

Posteriormente irá solicitar ao paciente que realize uma discreta flexão com rotação de tronco para a esquerda. Ao realizar os movimentos solicitados o terapeuta irá perceber sob sua mão direita a tensão do músculo oblíquo externo e na mão posicionada do lado esquerdo a tensão do músculo oblíquo interno. 

Músculo Iliopsoas

Técnica: Paciente em DD, com joelhos flexionados e pés apoiados na maca. O terapeuta em pé e ao lado do paciente, posicionará a polpa de seus dedos da seguinte forma: 1° dedo posicionado sob a espinha ilíaca ântero superior, do 2° ao 5° dedos posicionados em sequência (ligeiramente afastados) em direção a cicatriz umbilical. De maneira que o 5° dedo fique sob a cicatriz umbilical.

Nessa sequência, o segundo dedo cairá sob o músculo íliopsoas, Posteriormente o terapeuta deverá aprofundar a palpação pois o músculo íliopsoas está localizado na parede posterior do abdome. Para confirmar a palpação do mesmo, o terapeuta com sua outra mão localizada no terço distal da coxa do paciente deverá resistir ao movimento de flexão de coxo femural para perceber a tensão do músculo íliopsoas sob seu dedo.