Você conhece os principais tipos de pneumonias, suas classificações e como se realiza um diagnóstico correto?

Introdução as pneumonias:

A pneumonia é a inflamação aguda dos pulmões causada por infecção. Em geral, o diagnóstico inicial é baseado na interpretação da radiografia de tórax juntamente com outros achados clínicos. 

As Causas, os sintomas, o tratamento, as medidas preventivas e o prognóstico das pneumonias vão diferir dependendo da infecção ser:

• Bacteriana,

• Micobacteriana,

• Viral,

• Fúngica ou

• parasitária.

Ou seja, da etiologia da infecção, além, também, de:

• Quando adquirida na comunidade ou hospital;
• Caso ocorra em um paciente tratado com ventilação mecânica ou
• E/ou se está se desenvolvendo em um paciente imunocompetente ou imunocomprometido, como em casos de paciente com HIV ou outras patologias que estejam suprimindo o sistema imunológico.

A causa mais comum de pneumonia em adultos maiores de 30 anos é a Infecção bacteriana, sendo o Streptococcus pneumoniae  o patógeno mais comum em todas as faixas etárias, ambientes e regiões geográficas. 

No entanto, patógenos de qualquer espécie, desde vírus até mesmo parasitas, podem causar pneumonias.

As vias respiratórias e os pulmões são constantemente expostos a patógenos no ambiente externo; as vias aéreas superiores e a orofaringe, em particular são colonizadas pelo que chamamos de “flora normal”. 

A microaspiração desses agentes patogênicos do trato respiratório superior é uma ocorrência regular e normal, mas, em situações normais, esses patógenos são prontamente combatidos pelos mecanismos de defesa do pulmão do hospedeiro, no caso, do paciente. 

A pneumonia vai então se desenvolver em algumas possíveis situações, como:

• Quando os  mecanismos de defesa estão comprometidos;
• Em situações de macro aspiração, que levam a uma grande inoculação de bactérias que derrotam as defesas normais do hospedeiro;
• Ou quando um patógeno particularmente virulento é introduzido no sistema respiratório, principalmente nas vias aéreas inferiores;

Em alguns casos, a infecção pode se desenvolver quando patógenos alcançam os pulmões através da corrente sanguínea ou por propagação contígua a partir da parede torácica ou mediastino.

As defesas das vias respiratórias superiores envolvem:

Imunoglobulina A (IgA) salivar, proteases, lisossomos, inibidores do crescimento produzidos pela flora normal e também a fibronectina, responsável por revestir a mucosa e inibir a aderência.

Também possuímos mecanismos de defesa inespecíficos das vias respiratórias inferiores, incluindo tosse e depuração mucociliar, previnem a infecção dos espaços aéreos. 

As defesas específicas das vias respiratórias incluem uma variedade de mecanismos imunes específicos a patógenos, incluindo:

• A opsonização por IgA e IgG, peptídeos antimicrobianos;
• Efeitos anti-inflamatórios da surfactante;
• Fagocitose por macrófagos alveolares e;
• Respostas imunes mediadas por linfócitos T.

Esses mecanismos protegem a maioria das pessoas contra infecção.

Diversas condições podem alterar a flora normal (como doenças sistêmicas, desnutrição, exposição hospitalar ou antibióticos) ou comprometem essas defesas (como um estado mental alterado, tabagismo, acesso nasogástrico ou endotraqueal).

Os patógenos que, mesmo assim, alcançam os espaços aéreos podem se multiplicar e causar pneumonia.

Não é possível encontrar patógenos específicos que causam pneumonia em mais da 50% dos pacientes, mesmo com investigação diagnóstica extensa, principalmente por causa das limitações dos testes diagnósticos atualmente disponíveis. 

Entretanto, como os patógenos e resultados tendem a ser semelhantes em pacientes em ambientes semelhantes e com fatores de risco semelhantes, as pneumonias podem ser categorizadas como:

• Comunitárias
• Hospitalares
• Associadas a Ventilação Mecânica (VM)
• Ocorrendo em pacientes imunossuprimidos ou imunocomprometido,s incluindo pacientes com infecção por HIV
• Pneumonias em decorrência de broncoaspiração, que ocorre quando grandes volumes de secreções das vias respiratórias superiores ou gástricas entram nos pulmões (comum em crianças e idosos devido a diminuição ou ausência de reflexo da tosse)

Essas categorizações permitem que o tratamento seja selecionado empiricamente.

Temos ainda o termo “Pneumonia intersticial”, que se refere a uma variedade de condições não relacionadas e de causa desconhecida, caracterizadas por inflamação e fibrose do interstício pulmonar.

Dicas de conteúdos para estudo:

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