VAMOS ENTENDER COMO ESSE APARELHO GENITURINÁRIO É ORGANIZADO?
Para esclarecer, aparelho geniturinário masculino pode ser dividido para estudo em duas grandes porções, sendo a primeira delas a genitália interna e a segunda, a genitália externa.
- Genitália interna: testículo, epidídimo, ducto deferente, próstata, glândula seminal, glândula glândula bulbouretral e uretra;
- Genitália externa: pênis, uretra e escroto.
O mais importante é ressaltar que o aparelho geniturinário masculino faz parte, além do sistema reprodutor, do sistema endócrino e do sistema urinário.
FOCANDO UM POUCO NOS TESTÍCULOS: QUAIS SUAS FUNÇÕES NO APARELHO GENITURINÁRIO MASCULINO?
Testículo no aparelho geniturinário
Quanto aos testículos, eles se localizam dentro do saco escrotal, junto com o epidídimo e segmento inicial do ducto deferente.
Como resultado, ele é revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo denso e é conhecido como túnica albugínea que serve para dividir o testículo em lóbulos.
Cada lóbulo possui de 1 a 4 túbulos seminíferos, local onde ocorre a formação dos espermatozóides, as células dos túbulos formam o epitélio germinativo (por exemplo: células sertoli e células de linhagem espermatogênica), e entre eles, há o interstício, formado por tecido conjuntivo frouxo e que possui alta vascularização.
Em suma, maturação dos espermatozóides acontece no sentido periferia → centro. Ou seja, no centro dos túbulos é possível observar espermatozóides maduros, condição necessária para a ejaculação.
E COMO SÃO FORMADOS OS ESPERMATOZÓIDES?
Assim como todas as estruturas e funções citadas anteriormente, o processo de espermatogênese também é função do aparelho geniturinário masculino, como veremos a seguir.
A princípio uma célula diplóide (2n) irá originar 4 células haploides (n). Além disso, há a espermiogênese que consiste na diferenciação dos espermatozoides.
A espermatogênese é o nome dado para todo o processo de formação dos espermatozóides e consistem num processo centrípeto, ou seja, da periferia para o centro.
Como as espermatogônias são divididas em três tipos diferentes, vamos primeiro diferenciá-los e depois explicar todo o processo de formação dos espermatozóides.
- As espermatogônias do tipo A escuras possuem núcleo ovóide com cromatina finamente granular e intensamente basófilas;
- Já as espermatogônias do tipo A pálidas possuem núcleos ovóides, com cromatina finamente granular e pouco corada (células tronco em renovação);
- Em contrapartida, as espermatogônias do tipo B possuem núcleos esféricos com cromatina condensada.
Vamos agora para o processo de formação:
Tomando como base o esquema acima, conclui-se que os espermatócitos secundários são os mais difíceis de serem observados, devido à sua curta duração no período de interfase.
O PROCESSO DE ESPERMIOGÊNESE
Processo de citodiferenciação, o qual consiste em espermátides esféricas se transformando em espermatozóides maduros e prontos para o processo ejaculatório. As etapas desse processo são:
- Condensação da cromatina;
- Formação de flagelo;
- Perda de citoplasma;
- Reorganização das mitocôndrias.
Observe esses processos na figura abaixo: imagem contendo a diferenciação da espermátide
Células de Sertoli
Seu formato é piramidal e está presente na superfície basal, aderidas na lâmina basal dos túbulos e na extremidade apical do lúmen. Seu núcleo é na base do túbulo e é evidente.
Essas células servem como uma barreira entre o sangue e o lúmen dos túbulos, evitando que os gametas tenham contato com a circulação e a fatores imunizantes e fármacos.
Ela é capaz de fornecer nutrição e suporte para as outras células, através de pontes citoplasmáticas. O complexo formado por essas células divide o epitélio seminífero nos compartimentos basal e luminal. Dessa forma, é possível dividir as células germinativas pós meióticas da circulação.
Células de Leydig ou células intersticiais
Exemplo de Células de Leydig
Sua coloração é eosinofílica e cheias de lipídios, elas possuem formato arredondado e nucléolo bem evidente. Essas células são capazes de realizar síntese de esteróides. No interstício é encontrado estruturas como vasos sanguíneos fenestrados, vasos linfáticos, nervos e tecido conjuntivo frouxo (fibroblastos, mastócitos e macrófagos).
Entendendo os ductos eferentes e o epidídimo
Ductos eferentes:
São encontrados na rede testicular e no epidídimo. Sua constituição é epitélio pseudoestratificado colunar. Esses ductos possuem cílios que auxiliam na movimentação dos espermatozóides que ainda não adquiram a sua motilidade.
São envolvidos por uma camada fina de músculo liso e são caracterizados por serem células baixas com bordas em escova e também células colunares ciliadas.
Epidídimo:
Faz parte dos ductos extra testiculares, juntamente com os ductos deferentes. Fazem parte também da maturação dos espermatozóides, porém em sua fase final, dando a eles motilidade e capacidade de reconhecer o ovócito. Faz parte do transporte, concentração, proteção e armazenamento dos espermatozóides maduros.
Testículo e epidídimo
A sua composição conta com uma cápsula de tecido conjuntivo denso, seu túbulo é formado por epitélio colunar pseudoestratificado com estereocílios (microvilosidades modificadas, sem mobilidade), uma lâmina basal envolta por células musculares lisas e também tecido conjuntivo frouxo.
E OS DUCTOS DEFERENTES, O QUE SÃO E QUAIS SUAS FUNÇÕES NO APARELHO GENITURINÁRIO MASCULINO?
São ductos bem estreitos com uma mucosa de epitélio colunar pseudoestratificado com estereocílio e músculo liso envolvendo-os. Esse músculo é responsável por conferir peristaltismo e expulsão dos espermatozóides. No entanto, esse tecido possui uma lâmina própria rica em fibras elásticas, sendo o ducto deferente considerado a maior parte do sistema de excretores.
E QUANTO AS AS GLÂNDULAS SEMINAIS,VOCÊ JÁ OUVIU FALAR?
Para resumir, as glândulas seminais também compõem o aparelho geniturinário masculino, sendo formados por dois tubos tortuosos, podendo ter 5 a 10 cm. Sua mucosa é do tipo pregueada, e, por outro lado, seu epitélio é composto de células cubóides e ricas em grânulos secretores.
Além disso, há uma lâmina própria rica em fibras elásticas e músculo liso e seu músculo liso é bem espesso.
VAMOS ENTENDER UM POUCO AGORA SOBRE A PRÓSTATA
Para esclarecer, a próstata é uma glândula masculina, que compõem o aparelho geniturinário masculino, estando posicionada logo abaixo da bexiga urinária, e tendo uma relação anatômica direta com a uretra masculina.
Ela é dividida em três zonas: central, transição e a periférica. É importante lembrar que os ductos oriundos dessa região irão desembocar na uretra prostática. Por exemplo:
Sua zona central é envolta dos ductos ejaculatórios que passam pela próstata. Além disso, seu tecido possui 25% de tecido glandular com citoplasma evidente, seus núcleos são grandes e possuem posições diferentes no nível das células adjacentes;
Em contrapartida, a zona periférica é a maior parte da próstata glândula (70%). É posicionada em volta da zona central e ocupa a parte lateral e posterior da glândula;
Posteriormente, encontramos a zona de transição, que circunda a porção prostática da uretra também, e representa 5% da glândula, contendo glândulas mucosas;
E finalizando, a zona periuretral, que pode ser notada em adultos. Contém glândulas submucosa e também mucosa.
Para resumir, no aparelho geniturinário masculino do indivíduo adulto, a próstata pode ser dividida em quatro áreas, denominadas zonas da próstata ou zonas prostáticas, conforme citado anteriormente.
PARA FINALIZAR, VAMOS FALAR UM POUCO SOBRE A ESTRUTURA DO PÊNIS NA COMPOSIÇÃO DO APARELHO GENITURINÁRIO MASCULINO
De forma resumida, estrutura anatômica do pênis é dividida morfologicamente em dois tipos de corpos com funções completamente diferentes, bem como suas características, além da túnica albugínea.
Estrutura do Pênis:
Os corpos cavernosos e esponjosos são separados por um septo de tecido conjuntivo e células musculares lisas. Por outro lado, a túnica é um tecido conjuntivo denso em volta dos corpos cavernosos.
Em contrapartida, a uretra possui um epitélio pseudoestratificado cilíndrico e estratificado pavimentoso, podendo apresentar também a transição dos dois. imagem que mostra os corpos