Anatomia Palpatória: Braço, cotovelo e antebraço

Músculos do braço

  • Músculo bíceps braquial

Técnica: Com o paciente sentado, o terapeuta com uma de suas mãos na face anterior do terço distal do antebraço, deverá resistir o movimento de flexão de cotovelo combinado a supinação do antebraço.  Em seguida, o bíceps braquial poderá ser visualizado e palpado pelo terapeuta na região anterior do braço.

  •  Tendão distal do bíceps braquial   

Técnica: Paciente sentado ou em DD. Terapeuta com uma de suas mãos posicionada no terço distal e anterior do antebraço resistira o movimento de flexão de cotovelo, e então poderá palpar no lado medial da prega do cotovelo o tendão distal do bíceps braquial. 

  • Músculo córacobraquial

Obs: com sua inserção proximal no ápice do processo coracóide e inserção distal na borda medial do terço superior da diáfise umeral, pode ser palpado na região próximo a axila sob o músculo peitoral maior.

Técnica: Paciente em DD com ombro em abdução, o terapeuta deverá posicionar a polpa de seus dedos logo abaixo da porção curta do bíceps braquial, que se situa sob o peitoral maior. Posteriormente, o terapeuta com a sua outra mão deverá resistir à flexão e adução horizontal do ombro, e então, poderá perceber nas polpas de seus dedos a tensão do músculo córaco-braquial.  

  • Músculo braquial

Técnica:  situado abaixo do bíceps braquial, com sua inserção proximal na face anterior do úmero em sua metade distal e inserção distal na tuberosidade da ulna; para ser palpado o terapeuta deverá entrar com as polpas de seus dedos de cada lado do terço distal da porção carnosa do bíceps braquial e, posteriormente solicitar ao paciente que realize uma discreta flexão de cotovelo. E então, perceberá sob a polpa de seus dedos a tensão do músculo braquial.  

  • Tendão distal – tríceps braquial

Técnica: paciente em DV, braço apoiado na maca, cotovelo flexionado à 90° e antebraço “pendurado” para fora da maca. O terapeuta deverá com as polpas dos dedos polegar e indicador (pegada de pinça), posiciona-las na região posterior do terço distal do braço, próximo ao olecrano, e posteriormente deverá resistir o movimento de extensão de cotovelo para perceber a tensão do tendão do tríceps braquial sobre seus dedos. 

Cotovelo

(Úmero – Epífise distal) (Rádio e Ulna – Epífise proximal)

  • Epicôndilo medial (úmero)

Técnica: Paciente sentado, com cotovelo flexionado e apoiado sobre a maca. Terapeuta em pé, voltado para região medial do braço do paciente, deverá iniciar a palpação com as polpas de seus dedos, pela borda medial do braço e desliza-los no sentido caudal até perceber uma proeminência óssea arredondada, que corresponderá ao epicôndilo medial.   

  • Epicôndilo lateral (úmero)

Técnica: Paciente sentado, com cotovelo flexionado e apoiado sobre a maca. Terapeuta em pé, voltado para região lateral do braço do paciente, deverá iniciar a palpação com as polpas de seus dedos, pela borda lateral do braço e desliza-los no sentido caudal até perceber uma proeminência óssea, que corresponderá ao epicôndilo lateral.   

Obs: Como o epicôndilo lateral não é uma proeminência óssea tão demarcada quanto o epicôndilo medial, o terapeuta deverá solicitar ao paciente que realize os movimentos de prono-supinação do antebraço, durante a palpação para certificar-se que encontra-se sobre a estrutura desejada. Pois ao realizar o movimento descrito, o epicôndilo lateral não se movimentará. 

  • Olécrano (ulna)

Técnica: Paciente sentado, com o cotovelo flexionado. O terapeuta deverá posicionar a polpa de seus dedos com o polegar sobre a borda lateral, indicador na sua face posterior e dedo médio na face medial do olecrano.   

  • Cabeça do Rádio

Técnica: Paciente sentado ou em DD, com antebraço pronado e apoiado na maca. O terapeuta iniciará a palpação localizando o epicôndilo lateral, e com a polpa de seu dedo deverá desliza-lo no sentido caudal, e imediatamente irá perceber uma pequena depressão, seguida de uma proeminência óssea arredondada que corresponderá a cabeça do rádio.    

Epífise distal – Rádio e Ulna

  • Processo estilóide do rádio

Técnica: Paciente sentado ou em DD, com a borda medial do antebraço apoiada na maca. O terapeuta deverá iniciar a palpação pela borda lateral do primeiro metacarpo e seguir em direção cranial, até perceber uma proeminência óssea pontiaguda que corresponderá ao processo estilóide do rádio.  

  • Processo estilóide e cabeça (ulna)

Técnica: Paciente sentado, com antebraço pronado e apoiado na maca. O terapeuta deverá iniciar a palpação pela borda medial da mão, deslocando seu dedo em direção cranial (na direção da ulna), até perceber uma proeminência óssea pontiaguda, que corresponderá ao processo estilóide da ulna.

Para palpar a cabeça da ulna, a partir da palpação anterior, o terapeuta deslizará seu dedo no sentido cranial e irá perceber uma estrutura de formato arredondado situada logo após ao processo estilóide da ulna.    

Músculos superficiais do antebraço (região anterior)

  • Músculo pronador redondo

Técnica: paciente sentado com cotovelo flexionado, antebraço supinado e apoiado na maca. Terapeuta com uma de suas mãos apoiada no terço distal e anterior do antebraço, deverá resistir ao movimento de pronação e com as polpas dos dedos de sua outra mão, palpará logo abaixo da prega do cotovelo, no lado medial do antebraço, o músculo pronador redondo.

  • Tendão distal do músculo flexor radial do carpo

Técnica: paciente sentado com antebraço supinado e apoiado na maca; o terapeuta resistirá o movimento de flexão e desvio radial do punho e com as polpas dos dedos de sua outra mão poderá palpar o tendão que ficará bem evidente na região anterolateral do punho.

Obs: é o mais lateral dos tendões visíveis no terço distal da face anterior do antebraço.  

  • Tendão distal do músculo palmar longo

Técnica: paciente sentado com antebraço supinado e apoiado na maca; o terapeuta solicitará ao paciente que realize simultaneamente os movimentos de flexão de punho e oposição do polegar com o quinto dedo, para que o tendão distal do músculo palmar longo fique evidente na região medial do punho.

  • Tendão distal do músculo flexor ulnar do carpo

Técnica: paciente sentado com antebraço supinado e apoiado na maca; o terapeuta solicitará ao paciente que realize simultaneamente os movimentos de flexão e desvio ulnar de punho, para que o tendão do músculo flexor ulnar do carpo fique proeminente no terço distal da borda ulnar do antebraço do paciente.

Obs: é o tendão mais medial dentre os visíveis na face anterior do antebraço, sua inserção distal ocorre sobre a face anterior do osso psiforme.

  • Tendão distal do músculo flexor superficial dos dedos

Técnica: paciente sentado com antebraço supinado e apoiado na maca; o terapeuta posicionará as polpas do 2° e 3° dedos entre os tendões do palmar longo e flexor ulnar do carpo, e posteriormente, solicitará ao paciente que realize a flexão dos dedos mantendo as falanges distais estendidas, e então percebera na polpa de seus dedos o tendão distal do músculo flexor superficial dos dedos.    

 Músculos superficiais do antebraço (região posterior)

  1. Músculo braquiorradial

Técnica: paciente sentado com antebraço em posição neutra e apoiado na maca. Terapeuta deverá resistir o movimento de flexão de cotovelo, com uma de suas mãos apoiada sobre o terço distal do antebraço do paciente. Ao realizar o movimento proposto o músculo braquiorradial ficará evidente em toda borda radial do antebraço, e seu tendão na parte lateral da base do processo estiloide do rádio.

  • Tendão distal do músculo extensor radial longo do carpo 

Técnica: paciente sentado com o antebraço pronado e apoiado na maca. O terapeuta com uma de suas mãos posicionada sobre o dorso da mão do paciente, resistirá o movimento de extensão de punho e então, o terapeuta poderá identificar o tendão do músculo extensor radial longo do carpo no terço distal do antebraço e próximo a base do 2° metacarpo.

  • Tendões distais do músculo extensor dos dedos

Técnica: paciente sentado com o antebraço pronado e apoiado na maca. O terapeuta com uma de suas mãos posicionada sobre os quatro últimos dedos da mão do paciente, resistirá ao movimento de extensão dos mesmos, para que os tendões do músculo extensor dos dedos fiquem evidentes no dorso da mão.

  • Tendão distal do músculo extensor ulnar do carpo

Técnica: paciente sentado e com o cotovelo apoiado na maca, o terapeuta irá resistir ao movimento de extensão e desvio ulnar do punho do paciente, e então o tendão ficará evidente na borda ulnar do terço distal do antebraço. 

  • Músculo ancôneo

Técnica: paciente em DV, com o ombro abduzido, cotovelo flexionado com antebraço “pendurado” para fora da maca. O terapeuta deverá posicionar a polpa de seus dedos entre o epicôndilo lateral e o terço proximal da borda dorsal da ulna. Com a sua outra mão posicionada no terço distal do antebraço do paciente, irá resistir ao movimento de extensão do cotovelo nos últimos graus.