Conceituando as hemorragias ou sangramentos
A hemorragia ou sangramento é definida pelo extravasamento do sangue dos vasos sanguíneos e/ou do coração em direção ao interstício, cavidades ou também para cavidades. São divididas em três tipos:
- Hemorragia por alteração na coagulação sanguínea:
Esse tipo de hemorragia pode acontecer de duas maneiras: deficiências adquiridas de fatores de coagulação e deficiências congênitas de fatores de coagulação. Entre as adquiridas há as doenças carenciais (deficiência de vitamina K) e as doenças hepáticas (deficiência na síntese dos fatores II, VII, IX e X).
Entretanto, dentre as caracterizadas pelas congênitas há a doença de Von Willebrand, que consiste em ser uma doença hereditária frequente e com diferentes expressões fenotípicas com sinais e sintomas com variável intensidade.
Posteriormente, ainda em relação às congênitas, têm-se as hemofilias que se caracterizam por possuir gente codificadores dos fatores VIII e IX presentes no cromossomo X.
- Hemorragia por lesão da parede vascular:
Por exemplo, ela pode ser por trauma vascular, lesões químicas, ulcerações e diapedese (aumento da permeabilidade vascular).
- Hemorragia por alterações quantitativas ou qualitativas de plaquetas:
Alguns mecanismos podem inibir a COX (ciclo-oxigenase), como por exemplo anti-inflamatórios não esteroides, o que faz com que diminua a produção de tromboxano, reduzindo a agregação e ativação de plaquetas.
- Aplasia e infiltração neoplásica de medula óssea;
- Trombocitopenia;
- Trombocitopatia, alteração funcional da plaqueta.
Hemorragias possuem morfologia ou são todas iguais?
Vamos dividir em 13 tipos que caracterizam formas diferentes de hemorragias:
- Hemorragia antiga: tecidos com grânulos castanho-dourados e grosseiros, isso ocorre no interior dos macrófagos;
- Hemorragia recente: é possível notar muitas hemácias livres nos tecidos do organismo;
- Metrorragia: é o sangramento uterino fora do ciclo menstrual;
- Hipermenorréia: alteração do nível do fluxo menstrual caracterizando uma hemorragia;
- Hematoma: Retenção tecidual e localizada de sangue em um tecido;
- Hemoptise: localizado em áreas inferiores e com presença de sangramento ativo;
- Epistaxe: sangramento localizado na cavidade nasal;
- Melena: sangramento nas vias altas e baixo sangue nas fezes;
- Enterorragia: sangramento ativo no sistema digestório baixo;
- Hematêmese: é o sangramento do sistema digestório alto.
HEMORRAGIAS INTRACAVITÁRIAS
Para esclarecer, esse tipo de hemorragia pode estar localizada em quatro locais, sendo elas:
- Hemartrose: quando localizada na cavidade articular;
- Hemotórax: quando localizada na cavidade pleural;
- Hemoperitônio: quando localizada na cavidade peritoneal;
- Hemopericárdio: quando localizada na cavidade pericárdica.
CONSEQUÊNCIAS DA HEMORRAGIA
Como resultado, as hemorragias que acometem os ventrículos cerebrais ou as que acometem o tecido nervoso encefálico podem aumentar a pressão intracraniana e causar a morte encefálica.
No entanto, perdas pequenas de sangue, porém contínuas, elas podem ser responsáveis pela espoliação do ferro e, consequentemente, da anemia.
Por outro lado, em casos em que a perda de sangue é grande, é comum encontrar anemia aguda que pode evoluir para um choque hipovolêmico.
Além disso, é possível encontrar também sangramentos localizados no aparelho digestivo de modo crônico, ocasionado por úlceras benignas e/ou neoplasias.
Dicas de estudo:
Link: https://proffelipebarros.com.br/tratamento-da-coluna-lombar/
Posteriormente: https://proffelipebarros.com.br/linfoma-nao-hodgkin/
Ainda: https://proffelipebarros.com.br/sindrome-de-guillain-barre/