INTRODUÇÃO A FISIOLOGIA DO PÂNCREAS
Ao estudarmos a fisiologia do pâncreas, devemos nos lembrar de que o pâncreas possui, em adultos, cerca de 12 a 15 cm de comprimento e fica localizado posteriormente ao estômago, à esquerda do baço e à direita do duodeno.
Esse órgão é dividido em quatro partes, ou seja:
- Cabeça do pâncreas;
- Colo do pâncreas;
- Corpo do pâncreas;
- Cauda do pâncreas;
FISIOLOGIA DO PÂNCREAS: Histologicamente falando, ele é composto por quatro tipo celulares e seus respectivos hormônios produzidos:
- Em primeiro lugar, temos as células beta, que secretam insulina;
- Em segundo lugar, as células alfa, responsáveis pela secreção de glucagon;
- Além disso, ainda podemos encontrar as células delta, que secretam somatostatina;
- E as células PP, que secretam polipeptídio P.
FISIOLOGIA DO PÂNCREAS: E COMO É REALIZADO O SUPRIMENTO ARTERIAL DO PÂNCREAS?
Esse órgão recebe sangue através do tronco celíaco e da artéria mesentérica superior que irá alcançá-lo por meios de vasos nominados e pequenos vasos inominados.
Da mesma forma, o pâncreas é capaz de receber o sangue arterial proveniente do organismo e realizar suas funções de forma efetiva.
Sua drenagem venosa se dá pelo sistema porta. O colo e a cabeça irão drenar por meio das veias pancreatioduodenais superior e inferior, e, por fim, a cauda e o corpo drenam para a veia esplênica.
FISIOLOGIA DO PÂNCREAS: ESQUEMATIZANDO A IRRIGAÇÃO PANCREÁTICA
- Parte abdominal da aorta → A. mesentérica superior → A. pancreaticoduodenal inferior → Rr. duodenais
- Porção abdominal da aorta → Tronco celíaco
- Tronco celíaco → A. esplênica que irá originar os Rr. pancreáticos, a A. da cauda do pâncreas e por fim a A. pancreática magna.
- Tronco celíaco → Artéria hepática comum → A. gastroduodenal → A. pancreaticoduodenal superior anterior/posterior → Ramos duodenais
AFINAL QUAL A DIFERENÇA DO PÂNCREAS ENDÓCRINO E DO EXÓCRINO?
Na porção exócrina do pâncreas é possível identificar células acinares que possuem a função de produzir o suco pancreático para auxiliar na digestão. O suco então irá para os ductos pancreáticos e posteriormente para o duodeno, onde realizará suas funções.
Por outro lado, já a sua parte endócrina é representada, majoritariamente, pela insulina e pelo glucagon.
A secreção endócrina recebe esse nome por não possuir ductos para que os hormônios sejam depositados, assim logo que produzidos nas ilhotas de Langerhans serão encaminhados para a circulação sistêmica.
CONHECENDO OS HORMÔNIOS PANCREÁTICOS
FISIOLOGIA DO PÂNCREAS: INSULINA:
Quando os níveis de glicemia estão altos a insulina aumenta a concentração sérica, a fim de captar glicose e reduzir seus níveis na circulação.
Em casos com glicemia acima de 70 mg/ dL a glicose aumenta sua concentração intracelular por meio dos receptores conhecidos como GLUT2.
Seguindo essa lógica, há o aumento da produção de ATP no interior das células, o que faz com que os canais de potássio sensíveis ao ATP se fechem e ocasionam a despolarização da membrana.
Consequentemente, haverá a abertura dos canais de cálcio dependentes de voltagem e a entrada efetiva desse íon na célula. Dessa forma, a insulina sofrerá exocitose e cairá na circulação sanguínea.
E como ocorre a síntese de insulina?
Em outras palavras, insulina é sintetizada por uma cadeia de polipeptídios, conhecida como pré-proinsulina. Essa fase da insulina é importante pois possui uma sequência sinal aminoterminal fundamental para a entrada da proteína no Complexo de Golgi, onde será clivada e se transformará em proinsulina.
Posteriormente, a insulina perde o peptídeo C e passa a ser chamada de insulina.
Em suma, a função fisiológica do peptídeo C é desconhecida, porém por possuir uma meia vida longa seus níveis séricos são utilizados para definir e avaliar as células secretoras beta pancreáticas.
- Hormônio se liga ao receptor pela porção alfa
- Consequentemente haverá autofosforilação da parte beta
- A tirosina quinase será ativada
- Ocasionará a fosforilação da IRS
- Ativará os segundos mensageiros
- Modifica a atividade de transporte da membrana
- Ocorre a resposta celular: nuclear, transporte (GLUT4 é inserido na membrana), neurônios.
Ainda sobre a insulina, esse hormônio possui alvos como: fígado, tecido adiposo e tecido muscular esquelético.
Em relação ao seu metabolismo, durante o jejum noturno uma média de 75% de glicose produzida pelo fígado é de origem dos reservatórios de glicogênio e 25% é da gliconeogênese.
Acima de tudo, é de extrema importância saber que a insulina é responsável pela quebra do glicogênio hepático (glicogenólise) e o aumento da gliconeogênese no fígado.
FISIOLOGIA DO PÂNCREAS: GLUCAGON:
Para esclarecer, esse hormônio e a acetilcolina são responsáveis por estimular o sistema nervoso autônomo simpático para aumentar a ação da glicose. Possuindo uma meia vida de apenas 5 minutos, esse hormônio é responsável por aumentar os níveis séricos de glicose.
Em contrapartida, para condições menores que 100 mg/dL sua secreção será aumentada. Para condições acima desse mesmo valor, será diminuída.
Em suma, glucagon é responsável por ativar a lipase de células adiposas, o que ocasiona o aumento significativo de ácidos graxos séricos, inibindo o armazenamento de triglicerídeos no fígado.
Dicas de conteúdos para estudo:
Em primeiro lugar: https://proffelipebarros.com.br/digestao-de-carboidratos-prof-felipe-barros/
Ainda: https://proffelipebarros.com.br/liquidos-corporais-prof-felipe-barros/
Posteriormente: https://proffelipebarros.com.br/grande-e-pequena-circulacao/