A identificação entre rinite e sinusite se torna difícil, muitas vezes, pela igualdade de alguns sintomas e local de acometimento próximo. Abaixo, destacaremos a diferença e descreveremos sobre cada.
RINITE x SINUSITE: Rinite
A rinite é uma condição clínica caracterizada pela inflamação da mucosa nasal. Na maioria dos casos, sua causa é alérgica ou infecciosa, podendo ser considerada perene ou sazonal, aguda ou crônica. Porém, existem outras causas menos comuns dessa doença, como a associada à síndrome eosinifílica ou à gravidez, hormonal e medicamentosa.
A rinite alérgica, como dito anteriormente, é uma patologia nasal sintomática, marcada por um processo inflamatório mediado por imunoglobulina E (IgE) após a exposição da mucosa nasal a alergénos. Ou seja, em pessoas com predisposição à condição descrita, os alérgenos se ligam diretamente aos anticorpos IgE já produzidos na mucosa nasal e nos linfonodos regionais.
Já em pessoas sensibilizadas, os alérgenos inalados ao passarem pelo epitélio nasal, são apresentados pelas células dendríticas aos linfócitos T. Estes, por sua vez, estimularão linfócitos B a produzir IgE que se ligam aos mastócitos, desencadeando, assim, uma resposta inflamatória pela liberação de histamina e leucotrieno, e posteriormente, a presença de demais células inflamatórias penetrando na mucosa nasal aumentará os sintomas.
Os alérgenos mais comuns são os ácaros do pó, poléns, fungos e pelos de animais. Além desses, fármacos como aspirina podem desencadear quadros de rinite alérgica.
As manifestações clínicas são o prurido, espirros, rinorreia, edema, congestão e obstrução nasal, e anosmia (perda olfatória). O prurido é consequência da irritação do nervo trigêmeo na mucosa nasal, causada pela histamina. A histamina também age nos vasos da mucosa, gerando um vazamento plasmático. Enquanto as glândulas nasais secretam a maior parte da rinorreia aquosa.
RINITE x SINUSITE: Sinusite
A sinusite, por definição, é a inflamação dos seios da face. Logo, essa inflamação pode ser desencadeada por uma infecção viral ou bacteriana da via respiratória superior, bem como, uma exacerbação da rinite alérgica.
As manifestações clínicas presentes são dor facial em forma de pressão na face sinusal, fadiga, secreção nasal, edema, febre, cefaleia, otalgia, anosmia (perda olfatória) e tosse, que piora quando o paciente está em decúbito dorsal.
Rinossinusite
Atualmente, a maioria dos autores preferem a denominação rinossinusite. Pois a concha nasal média adentra o seio etmoidal, fazendo com que o comprometimento da cavidade nasal afete os seios da face também. Logo, muitos defendem que a sinusite é uma complicação da rinite, uma vez que a alergia leva à inflamação da mucosa nasal, com edema e obstrução dos óstios dos seios da face e, consequentemente, a responsabilidade de oxigenação e drenagem. Outra hipótese que leva a ver a sinusite como comorbidade da rinite é a exposição direta de alérgenos ou agentes infecciosos aos seios perinasais, que desencadeiam uma resposta inflamatória local, assim como ocorre na mucosa nasal.
A rinossinusite, de modo geral, pode ser classificada de acordo com sua duração: aguda, subaguda, recorrente ou crônica. Porém, existe divergências entre as diretrizes quanto à duração de cada período clínico. Ou classificadas quanto sua gravidade: leve, moderada ou grave.
Na maioria das vezes, o diagnóstico de rinossinusite é clínico, na presença de pelo menos duas manifestações clínicas. Os sintomas principais para fechar o diagnóstico são: congestão nasal, obstrução ou bloqueio; rinorreia purulenta; dor ou pressão facial; anosmia ou hiposmia. Outros sintomas presentes são: espirro, tosse, fadiga e febre.
A escolha do tratamento deve ser feita de maneira cuidadosa e levando o caso do paciente em conta, já que múltiplos fatores podem desencadear a patologia. Além do mais, ressalta-se as medidas profiláticas de higienização dos locais que o paciente frequenta, evitar ter contato com os fatores que desencadeiam crises e higienização das mãos.
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